Imprensa
Redação de jornal, o lugar onde há menos mentirosos
Do jornalista norte-americano Gay Talese, autor de livros e de reportagens célebres, em resposta à pergunta de O Estado de S. Paulo sobre "Por que nós precisamos de jornais?":
"Porque no prédio de qualquer redação de um jornal respeitável, a qualquer momento, há menos mentirosos por metro quadrado do que em qualquer outro prédio. Há mentirosos nos jornais também, mas em menor número. Nos prédios do governo, nas escolas, instituições científicas, estádios de esporte, nas fábricas, a mentira circula num grau mais alto. Os jornais estão mais interessados na verdade, mesmo se cometem erros, às vezes, erros involuntários. E se você ainda quer a verdade, é mais fácil chegar a ela por intermédio de um jornal do que em qualquer outra instituição. Os jornais ainda oferecem a melhor chance de manter a verdade em circulação."
LULA TINHA RAZÃO QUANDO FALOU EM MAROLINHA?
A Bolsa de Valores de São Paulo, hoje, deu um salto impressionante: alta de 6,5 %. Há várias explicações pra isso: a principal parece ser que a China voltou a comprar em peso "commodities" do Brasil. Isso anima a economia real brasileira, com reflexos nos papéis das empresas.
Outro dado importante: o saldo da balança comercial chegou a quase 4 bilhões de dólares em abril. Isso quer dizer que, no mês passado, o Brasil exportou muito mais do que importou, afastando o risco de uma crise em nossas contas externas. Até porque abril foi o terceiro mês seguido de saldo positivo.É por isso que o Augusto da Fonseca escreveu, hoje, em seu (ótimo) blog FBI http://festivaldebesteirasdaimprensa.blogspot.com/:"Pessoal, não sei não mas parece que a MAROLINHA do Lula se consolida a cada dia que passa...
Isso contra todas as previsões pessimistas - e sem fundamentação em muitos casos - de praticamente toda a imprensa brasileira.
Exceção para a blogosfera independente que nunca se deixou levar pelo tsunami do Globo, da Folha, do Estadão, entre outros." É por isso, também, que o "Jornal da Record" nesta segunda-feira trouxe uma reportagem mostrando os últimos números positivos no Brasil, e os comentários de economistas importantes.
A reportagem termina com uma fala de Paulo Yokota, que diz tudo sobre o pânico criado nos últimos meses por muitos "colunistas" de economia: "é, o bicho não era tão feio como parecia".
É evidente que a crise está longe de ter um desfecho. Economistas respeitáveis lembram que, depois do "crash" de 29, por exemplo, houve momentos de recuperação, e novas quedas, até que se chegasse ao fundo do poço em 1933.Mas é evidente que , no Brasil, houve (e há) uma torcida da "grande imprensa" para ler só os dados negativos.
Essa foi uma crise gestada no centro do capitalismo. Tem reflexos óbvios no mundo inteiro. Mas é pouco honesto desconhecer que na última crise global (em 1929) o Brasil saiu maior do que entrou. Temos a mesma chance agora.
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AÇÃO AFIRMATIVA
O Projeto Lei da Câmara nº 180, de 2008, em questão é de autoria da Deputada Nice Lobão com parecer favorável da relatora Senadora Serys Slhessarenko e determina regras para a reserva de vagas no ingresso nas instituições de ensino superior das redes federal e estadual e nas instituições federais de ensino técnico.
Para os representantes da Sociedade Civil, o Sendo tem a oportunidade de ratificar uma escolha histórica, com conseqüências importantes do ponto de vista da inclusão social e da ampliação de oportunidades.
“Trata-se de uma escolha que de forma nenhuma nega a nossa identidade nacional ou recusa a utopia da igualdade. Ao contrário: esta escolha permite que se caminhe em direção à utopia. Sem estas medidas, o Brasil continuará simplesmente reproduzindo suas desigualdades e aí sim, caminharemos em direção ao fracasso.”
Entre outros, projeto garante 50% das vagas em instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação a estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas e reserva vagas nas instituições de educação superior públicas a serem preenchidas por autodeclarados negros, pardos e indígenas na mesma proporção da população da unidade da federação onde está instalada, segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para ler e assinar a Declaração na integra clique aqui.
Confira ainda clipping das noticias que saíram ontem nos jornais sobre a entrega da declaração. A CBN estava presente bem como TV Globo, Record, TV Senado, TV Jornal de Pernambuco. A Rádio Nacional (programa Revista Brasil), Agencia Noticias do Planalto, Correio Braziliense, Rádio Tupi Rio. Abaixo algumas clippagens ( cortesia de Daniela Lima – Comunicação – CFEMEA)
Veja no link a matéria do Jornal Nacional:
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1110146-10406,00-SENADORES+ADIAM+VOTACAO+DO+PROJETO+DE+COTAS.html
CIDADANIA
EM QUESTÃO
Aprender e devolver
Alunos de universidades federais e de instituições privadas que receberem recursos da União deverão ajudar na alfabetização de adultos por pelo menos um semestre. A proposta, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), foi aprovada ontem na Comissão de Educação do Senado e, como tem caráter terminativo, não precisa ser submetida ao plenário antes de ser remetida à Câmara dos Deputados. Para viabilizar a participação das instituições na tarefa, o projeto recomenda que cada unidade de ensino deverá dispor de um programa relacionado à alfabetização. De acordo com o autor da proposta, a ideia é beneficiar o aluno alfabetizador, ao mesmo tempo em que se incentiva a alfabetização no país. “Um aluno de engenharia que se envolver com a educação de adultos, por exemplo, vai se relacionar melhor com os operários. Além disso, terá muito maior consciência de Brasil”, defendeu Cristovam. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) sugeriu a inclusão no projeto de um dispositivo que estabelece avaliação anual da aplicação da futura lei. Na avaliação dela, o projeto de Cristovam pode ser considerado “radical” no intuito de combater o analfabetismo. “Mas às vezes as coisas precisam ser radicais nesse país”, filosofou a parlamentar. (RM)
http://www2.camara.gov.br/