quinta-feira, 30 de abril de 2009

Consolidada - 29/04/2009 14h19
Ministro pede aprovação do Plano Nacional de Cultura
Ivaldo Cavalcanti

Comissão de Educação e Cultura promoveu audiência para discutir o plano.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse esperar que o Congresso aprove neste ano o Plano Nacional de Cultura (Projeto de Lei
6835/06), o que permitirá ampliar o acesso dos brasileiros aos produtos culturais. Ferreira ressaltou que, na medida em que cresce o acesso à cultura, aumenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e diminui a violência no País. As declarações foram feitas hoje, em audiência pública da Comissão de Educação e Cultura da Câmara.Para o ministro, é responsabilidade do Estado garantir recursos para políticas públicas de incentivo à cultura. Ele reconheceu, no entanto, que essas políticas ainda estão em fase embrionária.

Ferreira lembrou que, atualmente, uma parcela mínima da população tem acesso à cultura: apenas 13% dos brasileiros frequentam cinema, 17% têm acesso a livros e somente 5% já visitaram um museu.
Alterações no projeto
O ministro disse que, depois de passar por debates em todo o Brasil, o texto do Plano Nacional de Cultura reflete a diversidade cultural brasileira. Entre as diretrizes previstas no plano estão a democratização e a descentralização dos meios de comunicação de massa e a necessidade de maior dotação orçamentária para o setor.
A relatora do texto, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), anunciou que vai apresentar em junho um substitutivo com alterações ao projeto. Segundo ela, a expectativa é de que o texto seja aprovado pela Câmara e pelo Senado até o fim de 2009.
Fátima Bezerra afirmou, no entanto, que a implementação do Plano Nacional de Cultura também dependerá da aprovação de duas PECs: a 150/03, que destina um percentual mínimo de verbas para a cultura e vai garantir recursos ao plano; e a 416/05, que institui o Sistema Nacional de Cultura e vai operacionalizar o plano.
O presidente do Fórum de Secretários Estaduais de Cultura, Daniel Sant'ana Zen, também defendeu, durante a audiência, a aprovação dessas PECs e da 236/08, que inclui a cultura como direito social.Já o ministro da Cultura citou como projetos prioritários, além do Plano Nacional de Cultura, a redução da carga tributária para os produtores culturais, a criação de um vale-cultura, a reformulação da Lei Rouanet (8.313/91) e mudanças na Lei de Direitos Autorais (9.610/98).

Íntegra da proposta:
- PL-6835/2006Notícias relacionadas:
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Crise x Desigualdade

http://www.gazetadeuberlandia.com.br/index.php/editorial
Sáb, 21 de Março de 2009 22:43

Para a classe dominante, combater a crise significa privatizar o lucro e socializar o prejuízo. Assim, ela naturaliza seus fundamentos como se ela ocorresse por uma fatalidade, a qual deve ser enfrentada por todos. Ao mesmo tempo, começam a impor suas saídas tradicionais. São elas, a destruição de parte do capital acumulado (financeiro), destruição de capital humano e bens de produção. Aumento da exploração do trabalho, transferência maior de recursos da periferia para o centro do capital e utilização do Estado para concentrar a poupança popular e destiná-la aos capitalistas. É bom lembrar que o modelo neoliberal sofreu um revés importante, mas não está derrotado.Fusões de grandes bancos e empresas continuam acontecendo e a mídia corporativa brada em uníssono: menos direitos trabalhistas e impostos. Querem passar a fatura para a classe trabalhadora e, para isso, intensificam a repressão policial e a criminalização dos movimentos no Judiciário. No plano político, saídas podem caminhar com a ascensão de governos fascistas. As conseqüências já são sentidas, sobretudo, pelos trabalhadores, as mulheres e as populações com menor proteção social.