SEMINÁRIO DE DUCAÇÃO FÍSICA
Com a realização do evento primou-se por ampliar a interlocução entre o universo das nossas escolas, e os universos do esporte de competição e da educação física. Estimulados pela deliberação do Congresso Anual do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) que elegeu o ano de 2009 como o Ano Nacional da Educação Física Escolar, o conselho com isto pretende discutir o desenvolvimento do ensino da educação física em nossas escolas como um tema amplo e complexo em si mesmo, assim como suas relações derivadas com o esporte de competição, muitas vezes compreendida, de forma equivocada, como única função da educação física escolar. Estiveram presentes no evento vários professores renomados e conceituados da cidade de Uberlândia, onde estabeleceram uma reflexão acerca da Educação Física, convidando as principais autoridades governamentais responsáveis pelo Esporte e pela Educação na cidade, professores de educação física com suas importantes experiências, assim como especialistas e outros profissionais que nas diversas áreas enfrentam cotidianamente os dilemas, obstáculos e os desafios para garantir os direitos básicos de cidadania.
A intervenção da Educação Física junto as classes menos favorecidas sempre foi uma premissa importante como uma forma oportunizar posições na vida, de superar barreiras da ascensão social e de, potencialmente, obter sucesso. Na atualidade, fazer e produzir esporte é gerar mais saúde, mais equilíbrio, e capacitar os cidadãos a agirem construtivamente na sociedade.
Com a realização do Seminário vivenciamos um novo rumo de contribuições para o aprofundamento do diálogo entre os setores responsáveis na sociedade e no governo pelo desenvolvimento da educação física escolar.
Contudo somente por meio do diálogo e do aprofundamento da reflexão poderemos avançar a presente iniciativa e todos os esforços para a sua real concretização.
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CARAVANA DA ANISTIA
Há alguns meses foi lançado pelo Ministério da Justiça em Brasília um pacote de projetos entre eles o CARAVANA DA ANISTIA, segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro devem ser julgados os processos de vários cidadãos perseguidos e torturados pelos militares do regime da época, iniciando-se com o processo de 20 jornalistas que alegam terem sido perseguidos politicamente pelo regime militar entre 1964 e 1988.
Esta comissão recentemente realizou seus trabalhos em Uberlândia, onde foram lembrados vários casos e concedida algumas homenagens juntamente com o julgamento de alguns casos de Anistia visando-se assim contribuir para o resgate, debate e reflexão sobre a história do país.
No entanto como podemos perceber no recorte “A prática da tortura no Brasil sempre foi uma constante, a rigor vindo originada no período colonial, quando os escravizados eram permanentemente castigados pelos seus escravizadores. Tais práticas vieram se atualizando ao longo do século XX, tendo se sofisticado nas ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar, quando às antigas técnicas de tortura (especialmente os espancamentos e à imobilização forçada), foram somados a novos métodos como os dos choques elétricos, o pau-de-arara e os afogamentos. Do mesmo modo, acompanhando a enorme diversidade de nosso país, a tortura muitas vezes é realizada acompanhando variações regionais”.
Tais praticas, atos e ações como estas da Caravana da anistia devem fazer parte dos nossos debates, pois as experiências sofridas pelos cidadãos da época devem ser lembradas para que possamos ter transparência e legitimidade nos julgamentos nos dias de hoje, e não só para conhecimento da historia mas também pela oportunidade de abordar as varias e diversas histórias de luta pela liberdade que devem ser contatada pelos seus empreendedores, as quais perpassam significativamente pela perseguição aos menos afortunados e aqueles que vivem abaixo da linha de pobreza (ou miséria) e sofrem com as constantes retaliações das forças de controle da segurança do estado.
Contudo ressaltamos a importância e relevância histórica desta Caravana da Anistia, porém se faz necessário que se implante outras como esta para que se possa de fato abordar questões relativas á segurança publica pois assim como os anistiados ainda temos muitos cidadãos, principalmente negros, que precisam da Anistia Social por parte da Justiça por não terem acesso digno á mesma, e onde muitos sofrem com a perseguição por parte das forças de segurança controladas pelos estados e mais do que isso romper de vez com o paradigma estabelecido nestes órgãos.
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Os principais argumentos destes delinqüentes referenciavam o sistema discriminatório, a falta de oportunidade e a desordem das ações que não cumprem seus objetivos, esses delinqüentes de Uberlândia sempre se reuniam para refletir e propor novos rumos para mudar ou transformar para melhor a sua realidade e estes já cansados das profecias e seus profetas se organizaram, e se uniram a outras pessoas que sentiam na pele e vivenciavam a mesma situação que eles.
Especificamente em Uberlândia este grupo de delinqüentes como eram vistos se transformaram numa equipe e que com um trabalho de mobilização social e articulação de um plano político social vem alçando vôos que muitos nem os mesmos esperavam e isto se deve a organização, dialogo comprometimento, ética, moral, e respeito entre os pares, tais adjetivos são bem familiares entre os delinqüentes porque há um código de postura entre os mesmos e que é seguido à risca e quem respeita esse código tem transito livre porque é sangue bom, safado não se cria nem atravessa, como se diz na gíria.
O discurso destes abnegados passou longe da comunidade acadêmica, mas há a participação da mesma. E uma análise meramente técnica ou simplista sobre a questão certamente não conseguirá dar conta da complexidade desta reflexão acerca do trabalho que repercuti nacionalmente.
Só que tal complexidade é uma prova que pode ser extremamente difícil de se fazer, já que os objetivos são difusos e que envolvem redução de desigualdades sociais e econômicas, étnicas e éticas, de caráter, de moral, e mais do que isto que haja um julgamento de fato dos reais objetivos a serem avaliados mediante a complexidade da reflexão da repercussão nacional das ações destes delinqüentes e seus pares.
Acreditamos que o sistema o qual estamos envoltos e que não podemos virar as costas, uma vez que amplie o acesso ao mesmo, torne-se mais plural, de modo que este possa produzir com conhecimento real e de fato um plano concreto e voltado para a geração de oportunidade socioeconômica, cultural entre outros com um cunho moralmente e etnicamente referenciado, pois isto é um importante passo para a inclusão, interação e a transformação social, já que a igualdade não é só tratar todos da mesma forma, mas sim tratar os diferentes de forma diferenciada para que possam se igualar.
Não é de se espantar que os delinqüentes de Uberlândia hoje tenham status devido sua posição conquistada, mas os mesmos já sabiam do seu potencial e as turbulências que os acometiam, mas foram apenas ventarolas, não eram vendavais, por isso, estes delinqüentes sempre convocam seus pares e convidam a todos para que venham debater com a comunidade sobre sua posição e propostas de ação e intervenção e saia da demagogia ou dos holofotes, pois os verdadeiros atores têm o cenário e a peça, e para interpretar há a exigência de que se conheça minimamente a complexidade da cena mesmo para ser figurante, pois conforme a peça ou a interpretação o publico pode não ir ou voltar ao teatro e o espetáculo pode ser um fracassa de bilheteria.
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CONAPIR – MG
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Alexsandro Damas Francisco
adafx1@yahoo. com.br
34 9126 5604 - Uberlândia/MG